terça-feira, 26 de abril de 2011

Como engordar de forma saudável...





É incrível, mas existem muitas pessoas que fazem de tudo para engordar e não conseguem. Tem muita gente querendo emagrecer e outros querendo engordar. O que essa minoria tem de especial para ser diferente da maior parte da população? As pessoas que passam o dia todo mastigando e não engordam uma grama. A explicação para tudo isso é o famoso metabolismo.
Metabolismo é o nosso gasto energético em repouso, ou seja, sabe quando você acorda e só abre os olhos? Nesse momento o coração está batendo, você está respirando e todos os órgãos funcionando. Para isso existe um gasto energético e esse é o nosso metabolismo. Já nascemos com ele, mas conseguimos modificá-lo.

Para as pessoas que desejam ganhar peso valem a explicação da balancinha também. O nosso peso é o resultado do que comemos e gastamos. Se essas pessoas gastam mais energia é óbvio que elas precisam consumir mais, mas será que é batata frita, sorvetes de massa, balas o dia todo? É claro que não! Não é porque são magros que não irão desenvolver uma doença crônica como colesterol ruim alto ou mesmo hipertensão e diabetes. A diferença é que elas vão consumir mais vezes ao dia e muitas vezes o consumo de suplementos alimentares irão ajudá-los. Só é possível saber qual suplemento alimentar é mais indicado passando em consulta com um profissional Nutricionista. Cada um é um indivíduo diferente e não dá para generalizar um suplemento para todo mundo. Cada pessoa tem um ritmo de vida diferente o que faz cada pessoa ter uma necessidade energética e nutricional diferente da outra.

Segue algumas dicas que irão ajudá-los a escolher melhor o consumo de alimentos energéticos e saudáveis.

- o abacate é uma excelente opção. Ele possui uma gordura maravilhosa e fibras solúveis que vão ajudar no aumento energético e ainda regularizará o trânsito intestinal, possue prebióticos (alimento para as bactérias benéficas do intestino), inibe a oxidação do colesterol ruim e aumenta o colesterol bom.
- comer alimentos integrais como aveia, granola, biscoitos integrais, pães integrais mais vezes ao dia.
- comer porções de oleaginosas como nozes, castanhas, amêndoas, macadâmia.
- colocar azeite no prato de comida para aumentar o valor energético.
- não pode esquecer dos vegetais e frutas devidos nutrientes importantes necessários para o bom funcionamento do organismo.
- A musculação ajudará muito no ganho de músculos. Mas para ter uma resposta positiva precisa de uma alimentação adequada em nutrientes, protéinas e carboidratos.
- Coma algum carboidrato uns 30 a 60 min antes de dormir, como uma banana amassada com aveia, cacau em pó e mel, ou mesmo uma vitamina. Não pode ser nada muito pesado para não atrapalhar o sono.
- não esquecer da hidratação, fracionamento de 6 a 8 refeições por dia e mastigação lenta.

Mas, se a pessoa ficar comendo só fritura e gordura não irá ganhar peso distribuído pelo corpo e sim mais na região abdominal.

Problemas que podem aparecer com uma alimentação não-saudável associada ao excesso de peso



Atualmente, com a vida agitada que todos levam, muitos não se preocupam com a alimentação. Apenas lembram do assunto quando surge algum tipo de doença e a pessoa se vê obrigada a se alimentar de uma forma mais saudável.

Pular refeições, comer alimentos ricos em gorduras, consumir alimentos industrializados em excesso e outras atitudes deste tipo diminuem a disponibilidade de nutrientes, que são necessários ao bom funcionamento do organismo, o que resulta no processo de doença.
Veja a seguir algumas doenças causadas por uma alimentação inadequada:

Obesidade
A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associado a problemas de saúde. Podemos citar como causas da obesidade, fatores genéticos, ambientais e psicológicos. Entre os fatores ambientais está o consumo excessivo de calorias e a diminuição no gasto energético, que devem ser modificados para o controle da doença.
Para o tratamento da obesidade é fundamental ter uma redução no consumo de calorias, ter bons hábitos alimentares e fazer escolhas saudáveis, juntamente com a prática de atividade física regular. Esse é o caminho para ter excelentes resultados.

Colesterol elevado
O aumento de colesterol na corrente sanguínea pode ocasionar entupimento de veias e artérias causando o infarto e derrame. O colesterol provém de duas fontes: do seu organismo e dos alimentos que você ingere. No organismo ele é produzido pelo fígado e o colesterol proveniente da sua alimentação encontra-se em alimentos como: manteiga, margarina, creme de leite, bacon, leite integral, queijos amarelos, enfim, alimentos de origem animal. Consumir estes alimentos em excesso pode elevar os níveis de colesterol no sangue.
Como prevenção e tratamento desta doença é importante ter uma alimentação equilibrada, evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras, evitar também alimentos industrializados ricos em gordura trans e aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras e praticar atividade física regularmente.

Gastrite
Gastrite é uma inflamação na mucosa do estômago, que podemos classificar de aguda ou crônica. Nos casos de gastrite crônica, o agente causador mais comum é a infecção pela bactéria helicobacter pylori. Mas também pode ocorrer devido ao fator hereditário, stress, má alimentação, realização de poucas refeições ao dia com grande volume de alimentos e com grandes intervalos entre cada refeição.
Medidas preventivas e o tratamento desta doença estão relacionados com a alimentação. Ter uma alimentação fracionada, ou seja, comer mais vezes ao dia, em menores quantidades é uma das medidas a serem tomadas.
Excluir alimentos que causam desconforto e irritam ainda mais a mucosa também é imprescindível, exemplo: frituras em geral, doces, bebidas à base de cafeínas, bebidas gaseificadas, bebidas alcoólicas, alimentos ácidos, condimentados e outros.

Diabetes
É uma doença caracterizada pela falta de produção ou produção insuficiente de insulina ou também pela ação insuficiente da insulina, que faz com que haja o aumento na taxa de glicose no sangue. A diabetes tipo II pode estar relacionada com o excesso de peso e a obesidade.
Pessoas com diabetes devem ter um acompanhamento com um profissional capacitado para elaborar um cardápio conforme a realidade da pessoa, controlar o consumo de carboidratos e incentivar uma reeducação alimentar, além da prática de exercícios físicos regularmente.

Hipertensão
A hipertensão ocorre quando os níveis de pressão arterial encontram-se acima dos valores de referência para a população em geral. Podemos citar como causas da hipertensão a obesidade, consumo excessivo de álcool, sal em excesso, tabagismo, sedentarismo e fator hereditário. Esta doença é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares.
Assim como as demais doenças citadas acima, para controlar a pressão arterial é fundamental ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios e diminuir o consumo de sódio, ou seja, o sal de cozinha e alimentos ricos em sódio, por isso fique atento nas embalagens dos alimentos. Os alimentos industrializados geralmente são ricos em sódio.
Como os leitores puderam observar a alimentação é algo essencial no combate destas doenças e outras que não foram citadas, por isso se faz necessário a conscientização de todos para uma vida mais saudável.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bibliografias consultadas e indicadas sobre Nutrição, Saúde e Educação

  • DARIDO, Suraya Cristina; SOUZA JÚNIOR, Osmar Moreira de. Para ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas: Papirus, 2007.

  • GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11. ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed, 2006.

  • MCARDLE, William et al. Fisiologia do exercício: energia nutrição e desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

  • NAHAS, Markus V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 3. ed. Londrina: Midiograf, 2003.

  • NEIRA, Marcos Garcia e GOMES, Mattos Mauro. Educação Física na Adolescência: construindo o conhecimento na escola. São Paulo, Phorte, 2000.

Qual é o valor nutricional e energético que cada pessoa precisa consumir diariamente?

 



O valor nutricional que cada pessoa precisa consumir pode ser definido de acordo com o sexo (masculino e feminino) de cada pessoa. Isso porque geralmente os homens têm uma quantidade maior de músculos, o que demanda mais energia. E as mulheres têm menos massa muscular, e assim, gastam menos energia.



      Abaixo tem uma tabela mostrando o metabolismo basal de cada pessoa, de acordo com o sexo, a idade, o peso e a altura. Metabolismo basal é a quantidade de energia que cada pessoa precisa consumir para se manter viva. Para os órgãos funcionarem.


 
Fonte: Darido e Osmar Júnior, 2007*.
 
É possível calcular o metabolismo basal (MB) de cada pessoa utilizando as fórmulas abaixo. E para saber o consumo diário de cada pessoa é só acrescentar a quantidade de energia das atividades do dia a dia.



















      



      

      
      Exemplo: Uma pessoa do sexo masculino, moderadamente ativo, com 20 anos de idade e 70 kg de massa corporal. Seu metabolismo basal seria 15,3 x 70 + 679= 1750 kcal.

     Essa pessoa é moderadamente ativa, então, temos que acrescentar 50% ao valor total de gasto energético = 875 Kcal. Portanto, o gasto total de energia dessa pessoa diariamente é de 1750 + 875 = 2625 Kcal.

     Também podemos distribuir os nutrientes na nossa refeição diária, para isso, pode-se iniciar calculando o consumo de proteína que deve ser aproximadamente 1 grama para cada quilo de massa corporal. E os outros nutrientes podem ser:

Carboidrato = 50 % da energia total
Gordura = 20% da energia total
Vitaminas e Sais Minerais = 20% da energia total


      Pegando o exemplo anterior, uma pessoa do sexo masculino, moderadamente ativo, com 20 anos de idade e 70 kg de massa corporal, com o gasto energético diário de 2625 Kcal. É possível distribuir os nutrientes nas suas alimentações diárias, juntamente com o seu valor energético. Ficaria assim:

Proteínas= 70kg x 4 kcal= 280 kcal  - 10,6%
Carboidrato – 50% = 1312 Kcal
Gordura – 20% = 525 Kcal
Vitaminas e Sais Minerais - 20% = 525 Kcal


*DARIDO, Suraya Cristina; SOUZA JÚNIOR, Osmar Moreira de. Para ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas: Papirus, 2007.

Existem diferenças entre alimentos e nutrientes?


      Para entender a diferença existente entre alimentos e nutrientes, primeiro precisamos descobrir o significado dessas palavras. Através de algumas pesquisas, podemos definir alimentos como substâncias as quais contribuem para promover o crescimento e a produção de energia necessária para as diversas funções do organismo. Dessa forma, alimentar-se é um ato voluntário e consciente. Já os nutrientes, podem ser definidos como substâncias que estão presentes nos alimentos e são utilizados pelo organismo. Os nutrientes são: proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais. Sendo assim, nutrir-se é um ato involuntário e inconsciente.


Existe relação entre alimentação saudável e prática de atividades físicas?

 
         A alimentação é a base da vida dos seres humanos e por meio dela, associada outros fatores, que se chega a uma vida mais saudável. Uma dieta saudável pode ser resumida por três palavras: variedade, moderação e equilíbrio. A alimentação deve ser fornecida em quantidade e qualidade suficientes e estar adequada à necessidade do indivíduo.
          Um dos fatores que contribuem para se chegar a uma vida saudável é a prática regular de atividades físicas. Esse hábito é capaz de promover:

 
  • Melhorias no funcionamento do coração e do pulmão (sistemas cardiovascular e respiratório);
  • Fortalecimento de ossos e músculos;
  • Redução da gordura excessiva;
  • Melhora no controle do peso corporal (perda ou ganho de peso);
  • Maior disposição para as atividades diárias;
  • Redução dos níveis de estresse;
  • Quando praticada coletivamente contribui na melhoria das relações sociais;
  • Pode ser um meio que auxilia no tratamento das chamadas doenças crônico-degenerativas. Exemplo: Diabetes Melitos, Hipertensão Arterial – pressão alta, entre outras.




      Quanto ao ganho e perda de peso, precisamos ficar atentos que existe uma relação entre o que ingerimos com o que gastamos nas práticas de atividades físicas diárias. Se ingerirmos mais do que gastamos com as atividades do dia a dia, provavelmente engordaremos. Se ingerirmos menos alimentos e gastamos mais com as atividades, é muito provável que ocorra um emagrecimento. Agora, se a ingestão de alimentos é a mesma que o gasto energético, a pessoa permanecerá no mesmo peso.



      Abaixo temos uma tabela que mostra os gastos energéticos de cada atividade física com a sua duração:


 Fonte: Darido e Osmar Júnior, 2007*.


*DARIDO, Suraya Cristina; SOUZA JÚNIOR, Osmar Moreira de. Para ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas: Papirus, 2007.

Qual é o valor nutricional e energético de cada alimento?




Podemos entender como valor nutricional a quantidade de nutrientes que estão presentes em cada alimento, eles podem ser: carboidratos, gorduras, vitaminas, saias minerais e proteínas. Já o valor energético é a quantidade de energia que cada alimento tem. O valor em quilocalorias de cada um grama dos nutrientes possui é:

 

          


1g de Proteína  = 4kcal
1g de Carboidrato = 4Kcal
1g de Gordura = 9Kcal
1g de Álcool = 7Kcal







   Para conhecer a quantidade de energia de cada alimento é só observarmos a tabela abaixo:


   

Fonte: Darido e Osmar Júnior, 2007*.


De acordo com a tabela acima, podemos distribuir os alimentos em cada nutriente. Como carboidratos temos os pães, arroz, batata, pizza, cachorro quente. As gorduras estão presentes na pizza, cachorro quente, nos bolos, hambúrguer, batata frita e ovo frito. As proteínas podem fazer parte do bife grelhado, hambúrguer, feijão, leite integral e no ovo. As vitaminas e os sais minerais podem ser encontrados na salada de alface com tomate, suco de laranja e maça.


* DARIDO, Suraya Cristina; SOUZA JÚNIOR, Osmar Moreira de. Para ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas: Papirus, 2007.

domingo, 24 de abril de 2011

Para uma boa ALIMENTAÇÃO



- Evitar ALIMENTOS ricos em gorduras saturadas, como carnes gordas, manteiga, ALIMENTOS industrializados e os vendidos em restaurantes de preparo rápido.
- Priorizar ALIMENTOS ricos em gorduras insaturadas, como as encontradas no azeite, óleo de soja, castanhas, peixes e abacate. Porém sem exageros, pois gordura, independente da qualidade, é rica em calorias.
- Retirar as gorduras aparentes das carnes antes de comê-las.
- Evitar fritar os ALIMENTOS. Prefira os cozidos, grelhados ou assados.
- Evitar ALIMENTOS açucarados, como biscoitos e bolos recheados, tortas e doces em compotas.
- Dar prioridade aos ALIMENTOS integrais, como pães, arroz, farinhas e macarrão.
- Evitar adicionar sal às refeições.
- Evitar ALIMENTOS embutidos e enlatados.
- Comer peixes frescos pelo menos três vezes por semana.
- Comer pelo menos três porções de frutas por dia.
- Fazer de 5 a 6 refeições diárias.
- Beber mais de 2 litros de água por dia.

Dicas para obter sucesso em uma dieta







DICAS PARA OBTER SUCESSO EM UMA DIETA:




- Não se deve ingerir líquidos durante as refeições, mas uma ou duas horas antes ou depois delas;


- Deve-se comer devagar, mastigando muito bem os alimentos;


- As refeições devem ser realizadas em um ambiente agradável e tranqüilo;


- A família toda deve estar envolvida no tratamento;


- Não se deve repetir as preparações em uma mesma refeição;


- Não se deve “pular” refeições;


- É importante fazer de 5 a 6 refeições por dia;


- Deve-se fazer as refeições à mesa, com a família, e longe da TV e do computador;


- A prática de exercícios, de preferência diária, é imprescindível.

Dietas com promessas milagrosas podem trazer risco a saúde?


Dietas milagrosas podem ser arriscadas








"Perca 8 kg em quatro semanas", "Emagreça comendo chocolate", "Emagreça 7 kg com a DIETA da sopa". Esses são alguns dos anúncios de dietas atrativas encontrados em sites e revistas que seduzem muitas mulheres com promessas milagrosas. No entanto, ao iniciar uma maratona para a perda de peso sem orientação médica, o sonho de alcançar o peso ideal pode se tornar um pesadelo.Segundo a nutricionista Priscilla Baracat, seguir qualquer DIETA sem orientação de um profissional da saúde é muito arriscado. "As dietas da moda geralmente restringem determinado alimento ou nutriente. Perde-se peso porque a ingestão de calorias passa a ser menor do que o gasto calórico, independente da qualidade do que se ingere. Perde-se carboidratos, proteínas, água, vitaminas, gorduras. Se a DIETA for muito restrita, que é o caso da maioria, e for mantida por muito tempo, pode ser muito prejudicial à saúde, podendo causar anemia, queda de cabelo, enfraquecimento das unhas, falta de vitaminas importantes e, até mesmo, anorexia. Além do mais, causa dores de cabeça, fraqueza e tontura", explica.
Outro problema, segundo a nutricionista, é que as dietas dão resultado em pouco tempo, o que ilude as seguidoras do regime. "Elas dão resultado em um curto espaço de tempo, porém são monótonas e prejudiciais à saúde, se prolongadas. Além disso, a mídia sempre traz modelos e atrizes famosas, com corpos lindíssimos, como seguidoras dessas dietas da moda, o que faz com que as mulheres se iludam ainda mais", diz Baracat.
De acordo com a profissional, mais um problema das dietas rígidas é o "efeito sanfona". Com a mesma facilidade que trazem a perda de peso, trazem também o ganho dele. "Essas dietas são geralmente são monótonas, difíceis e, muitas vezes, por causarem fraqueza, são interrompidas. A pessoa volta a consumir mais calorias do que gasta e o peso é reposto. Se a ingestão for maior que o gasto, o aumento de peso será progressivo", explica a nutricionista, observando ainda que a baixa ingestão de calorias também pesar na balança. "Dietas pobres em carboidratos, gorduras e proteínas são difíceis de serem mantidas. O organismo entra em estado de alerta, pois percebe que está faltando combustível para o corpo e então armazena o quanto puder. É fisiológico", conclui.
Baracat aconselha a adoção de uma DIETA balanceada, feita com orientação médica. "O mais saudável é ter uma vida regrada, com uma ALIMENTAÇÃO balanceada em quantidade e qualidade, boas noites de sono e prática de atividades físicas regulares. Isso traz benefícios ao corpo e à mente", afirma. Ela conta que não há segredos para entrar em forma e que é possível controlar o peso com uma ALIMENTAÇÃO saudável. "Uma DIETA segura e eficaz é aquela composta por todos os nutrientes necessários à saúde do organismo, como carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais, fibras e água, que podem ser encontrados nos pães, grãos, frutas, verduras e legumes, carnes e castanhas. Cada pessoa tem uma necessidade de calorias de acordo com cada metabolismo e o gasto individual", analisa. (S.R.)
Dietas milagrosas existem aos montes por aí, e muitas vezes exigem que as pessoas fiquem sem comer por longos períodos de tempo. Este comportamento traz muitas consequencias ruins para a saúde. Para explicar o que acontece com as pessoas que ficam sem comer para emagrecer, Luciana Ferreira recebe nos estúdios da Jovem Pan Online o médico cardiologista Marcelo Cantarelli. Clique nos links abaixo e confira partes da entrevista:




Qual o papel da escola na formação de hábitos alimentares?





Fundamental em todas as fases da vida, uma alimentação balanceada é ainda mais importante durante o período de desenvolvimento escolar. O papel da escola é fundamental para a formação dos hábitos alimentares e da personalidade infantil. A criança passa um terço da vida ativa na escola e, portanto, é durante este período que devem ocorrer as orientações em direção aos bons hábitos. Uma alimentação inadequada durante esse período de formação resultará em complicações na vida adulta.
Carências nutricionais específicas, com alterações sensíveis no peso, para baixo ou para cima, mais comumente levando ao sobrepeso, podem ser sinais de que existe algo errado com o lanche que as crianças comem na escola. Para o Dr. Durval Ribas Filho, nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN, as refeições e lanches servidos no recreio têm relação direta com a obesidade. “É importante que as crianças comam um lanche balanceado. Salgadinhos, hambúrgueres e refrigerantes são os principais causadores da obesidade infantil”, explica o Dr. Durval.
A obesidade na infância tornou-se comum e é uma preocupação constante nos consultórios dos médicos nutrólogos. “A reeducação dos hábitos alimentares deve partir primeiramente da família da criança e, além disso, é necessária a implantação de momentos de educação alimentar nas escolas”, alerta o Dr. Durval. O nutrólogo completa ainda que, crianças acima do peso vivem em constante sofrimento psicológico, pois também sofrem com a discriminação. “Se não tratados corretamente, o lado psicológico influenciará no rendimento escolar e no convívio social”, esclarece.
Para brincar, fazer exercícios e estudar é necessário uma reposição de energia freqüente e, por isso, os alunos não devem permanecer longos períodos em jejum. Um lanche saudável durante o recreio ajuda a criança a aprender melhor, a assimilar as informações e a desenvolver a capacidade de interação pedagógica. “Para a reposição de líquido, sucos, chás ou água de coco são boas opções. Já os refrigerantes devem ser evitados”, explica o nutrólogo.
Fonte de carboidratos, pães, bolachas e bolos são nutritivos em relação à energia, mas devem ser consumidos em quantidades controladas, segundo ele. No caso das proteínas, responsáveis pela manutenção dos tecidos do corpo e pelo bom funcionamento do sistema imunológico, os lácteos, como os queijos, iogurtes e frios, também são indicados. As frutas sempre devem estar presentes. Ricas em vitaminas, sais minerais e fibras, elas exercem diferentes funções orgânicas e ajudam no funcionamento intestinal. “Banana, maçã, pêra, uva e mexerica são práticas porque podem ter a casca retirada com facilidade ou mesmo ser consumidas com ela”, indica o Dr. Durval.
O cardápio deve ser balanceado, assim como o valor nutricional da alimentação escolar. De acordo com o cálculo recomendado pela Organização Mundial da Saúde cada criança tem uma necessidade nutricional diferente. A alimentação durante o recreio é fundamental para 15% das crianças com permanência de 4 horas/dia e para 66% das crianças com permanência de 8horas/dia na escola. “O segredo está nas combinações feitas entre as variedades dos alimentos”, diz o médico nutrólogo.
O ideal é equilibrar toda a alimentação ao longo do dia. Os lanches consumidos na escola devem ser estrategicamente pensados para não influenciar negativamente nas principais refeições. Para o especialista da ABRAN, cardápios coloridos, variados e atraentes estimulam a criança. “O mais importante é cortar os salgadinhos e refrigerantes. Além de não fazer bem à saúde, ocasionam distúrbios metabólicos, como o colesterol e a glicemia, e favorecem a obesidade”, completa o médico.

A obesidade infantil pode estar associada com maus hábitos alimentares?



Dando continuidade à discussão sobre a influência e as conseqüências dos novos hábitos alimentares na saúde das crianças vamos falar sobre a obesidade infantil. Há alguns anos, a desnutrição era a doença que mais assustava os pais e até mesmo os governantes. Nos últimos anos, porém, esse quadro se inverteu. Ainda existem muitas crianças desnutridas no Brasil, mas a quantidade das que estão com peso acima do indicado para sua altura e idade cresce assustadoramente. E o que mais assusta são as conseqüências que o sobrepeso pode trazer no futuro, como o aparecimento de diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, etc.
Mas quais são as causas desse crescimento incontrolado? Vários fatores influenciam o aparecimento da obesidade infantil: predisposição genética, vida sedentária, hábitos alimentares pouco saudáveis (que incluem alimentos ricos em gorduras e açúcares), entre outros.
Estudos mostram que a maioria dessas crianças não possui nenhuma doença capaz de gerar obesidade, mas, sim, têm um modo de vida que as predispõe a isso, como a influência da mídia na alimentação, o acesso fácil a comidas do tipo fast food, salgadinhos industrializados, doces confeitados, refrigerantes, alimentos de preparo instantâneo, pães, enlatados e o excesso de gordura na alimentação. Além disso, hoje, devido à preocupação com a segurança ou mesmo por estilo de vida, as crianças não brincam mais na rua, correndo ou passeando de bicicleta, e acabam passando muito tempo em frente à TV, ao videogame ou ao computador.
O tratamento da obesidade infantil não é fácil. Corrigir maus hábitos alimentares, adquiridos em casa ou na convivência com outras famílias, é o ponto central na terapêutica. Como essa doença é multifatorial, ou seja, apresenta várias causas, o tratamento também deve envolver vários profissionais, como o pediatra, o nutricionista, o psicólogo e o professor de Educação Física. É importante prever uma dieta que seja adequada à idade e à fase de crescimento e desenvolvimento da criança para que não haja comprometimento em nenhum aspecto. A criança deve estar ciente de seu problema. Estudos mostram que, quando uma criança não tem vontade de iniciar um tratamento, este acaba por não trazer o resultado esperado. Portanto, a conscientização é imprescindível para que haja efetiva perda de peso. Além disso, não se deve proibi-la de comer determinados alimentos, mas, sim, incentivá-la para que os consuma com moderação ou os substitua por similares menos calóricos, como, por exemplo, o presunto convencional por peito de peru ou de chester. Também é importante estimular a criança a ingerir alimentos mais naturais e saudáveis, como frutas e verduras.
Perder peso não é uma tarefa fácil, mas é muito melhor para a criança quando sua família está envolvida nesse processo. Nesse caso, a possibilidade de sucesso no tratamento aumenta consideravelmente. As mudanças de comportamento devem ser incorporadas aos hábitos alimentares da criança e da família.

A mídia influencia também na alimentação infantil?



A criança cada ano que passa apresenta maior influência sobre as decisões familiares e ao mesmo tempo está havendo o desenvolvimento de um amplo e massivo espectro de estratégias direcionadas especificamente ao público infantil. Estima-se que crianças e adolescentes gastem em média 5 a 6 horas por dia assistindo televisão, e o número de comerciais veiculados aumentou de 11 para 40 por hora nas duas últimas décadas. No Brasil, alimentos são os produtos mais freqüentemente anunciados, sendo que quase 60% deles pertencem ao grupo representado por gorduras, óleos, açúcares e doces na pirâmide alimentar. (FIATES, 2006) Entretanto, as crianças normalmente ainda não possuem maturidade suficiente para controlar suas decisões de compra.
O preocupante aumento na obesidade infantil tem atraído atenção para o papel da mídia, principalmente da televisão sobre o comportamento infantil. Vários estudos já demonstraram associações entre o hábito de assistir TV e o desenvolvimento de preferências pelos alimentos anunciados, gerando uma maior ingestão energética na dieta.
Em 2004, Hancox et al. publicaram um estudo feito na Nova Zelândia. A pesquisa avaliou os participantes em intervalos regulares até os 26 anos e encontrou associação positiva entre o hábito de assistir TV na infância e adolescência com sobrepeso, baixo condicionamento físico, fumo e hipercolesterolemia aos 26 anos de idade. Esses constituem fatores de risco para morbidade e mortalidade por doença cardiovascular em idade mais avançada. Além disso, as crianças e adolescentes que assistiram uma hora de televisão por dia ou menos, formaram o grupo mais saudável ao final do período do estudo. Esse estudo explica a recomendação da Academia Americana de Pediatria, de que os pais devem limitar o horário de televisão a 2 horas por dia no máximo.


A CONAR (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária) é a organização brasileira responsável pela regulamentação da propaganda de alimentos. Ela tem a missão de impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ao consumidor ou a empresa.
À medida que crescem, as crianças se tornam mais críticas, menos suscetíveis ao apelo da mídia e mais sensíveis à influência de seus colegas. Tais fatores podem influenciar diretamente o comportamento consumidor da criança, mas também aumentar ou inibir os efeitos cognitivos, afetivos e comportamentais da propaganda.

Qual a influência da mídia na alimentação?















A alimentação de um indivíduo é construída com o passar do tempo e com a influência de alguns fatores, como cultura, ambiente familiar e social. Valores que são, inclusive, influenciados pela mídia, uma importante ferramenta que conduz as informações à população. Essa influência pode ser positiva ou negativa.O marketing usufrui da mídia para atingir públicos de todas as faixas etárias, sendo as crianças as mais prejudicadas. Elas ainda estão com seus hábitos e personalidades em formação, apresentando extrema vulnerabilidade psicológica e social. Crianças são incapazes de formar opinião crítica, o que facilita a manipulação e a inclusão de idéias inadequadas em suas mentes.
Atualmente, nos deparamos com uma transição. A mídia era alvo de alimentos ricos em açúcares e gorduras, além do aumento no tamanho das porções, o que agravava ainda mais o sistema de saúde pública. Hoje, já é possível assistir propagandas e reportagens sobre alimentos saudáveis, principalmente aqueles que previnem alguma doença, como câncer, diabetes, obesidade, etc. O Ministério da Saúde e a ANVISA são responsáveis por parte dessa transição, visto que eles utilizam a televisão a fim de informar a população. Além disso, têm realizado fiscalizações permanentes, como foi o caso da exigência de modificação das embalagens de bebidas gaseificadas que lembravam embalagens de água mineral, induzindo ao consumo das mesmas em detrimento à ingestão de água. Contudo, as propagandas de alimentos com alta densidade calórica, lipídica e de açúcares continua em alta. Outro fato marcante é que grandes empresas de fast foods já se preocupam variar a oferta de alimentos, oferecendo saladas e frutas em seus cardápios. Isso é consequência do aumento da preocupação com a saúde por parte da população, visto que pessoas conscientes e mais exigentes geram melhora na oferta de serviços. Estudos mostram que a população tem alto índice de lembrança sobre as informações abordadas pelos meios de comunicação e, por isso, as linguagens sedutoras e o forte poder de persuasão deveriam ser utilizados para valorizar a alimentação saudável, ou seja, a água, as frutas e verduras em geral, leite e derivados, os alimentos orgânicos e desprender-se de bebidas alcoólicas e gaseificadas, alimentos hipercalóricos, etc. A mídia das grandes empresas de alimentos industrializados e fast foods é muito forte, e isso faz com que as ações benéficas do governo ainda sejam insuficientes para evitar o aumento dos casos de doenças crônicas não-transmissíveis. Ainda é necessário dedicação de maior tempo de publicidade aos alimentos saudáveis. Em suma, a importância da divulgação de hábitos alimentares saudáveis na mídia é clara, mas não é suficiente para mudança de hábitos. A mudança de comportamento depende muito de força de vontade, do apoio da família e dos pais na formação de bons hábitos alimentares das crianças e, dependendo do caso, do acompanhamento multiprofissional, com nutricionista e psicólogo. Assim como as propagandas de cigarro são proibidas na televisão brasileira, e a venda brinquedos junto a refeições não nutritivas e saudáveis é proibida em fast foods na Califórnia, este pode ser mais um passo para a formação de uma legião de brasileiros mais saudáveis. Segundo a Nut. Esp. Sheyla Andreola, essa é sem dúvida uma luta desigual: a pequena ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL × o gigante ALIMENTOS “NÃO SAUDÁVEIS”. A forma extremamente sedutora como esses alimentos nos são apresentados incessantemente pela mídia, engana e seduz até o mais bem intencionado consumidor. No geral, nossa cultura alimentar é um tanto frágil, o que nos torna muito vulneráveis. Poucos são os pais que persistem passando a seus filhos de maneira carinhosa e sábia os alimentos que seus pais e avós usavam. E muitos são os que se deixam seduzir pela beleza, facilidade, falso sabor de alimentos que nos são impostos não se sabe bem por quem e nem por que. Seria interessante começar esse questionamento por algo tão fundamental que é aquilo que comemos, e quem sabe seguir questionando sobre a forma pouco preventiva como muitos de nós cuidam da saúde, e ainda seguir esse caminho em direção a uma posição de maior questionamento em substituição a de aceitação.